Red Bull apoia proposta da Alpine para melhorar o motor Renault
- Vicente Soella
A Alpine, como a única equipe que usa os motores da Renault na Fórmula 1, percebe que há uma grande diferença de desempenho entre o motor Renault e os demais. A equipe francesa quer solicitar uma exceção ao congelamento do motor para poder torná-lo um pouco mais competitivo. A Red Bull Racing parece apoiar a proposta.
Aposta da Renault
Com as grandes mudanças que estão por vir nos regulamentos dos motores, o desenvolvimento das unidades de potência foi interrompido. As equipes de F1 só têm permissão para mexer na melhoria da confiabilidade. Ainda há algumas brechas a serem melhoradas, mas a história geral é que não é possível ganhar muito mais velocidade nessa área. Antes de essa regra entrar em vigor em 2022, a Renault decidiu apostar todas as suas fichas.
Com um motor radicalmente renovado, a fabricante esperava ter o potencial de ser tão rápida quanto as rivais. Qualquer coisa que não funcionasse bem poderia ser corrigida sob o pretexto de melhorias na confiabilidade. Porém, a Alpine agora descobriu que a diferença de desempenho em relação à Ferrari, Mercedes e Red Bull é grande demais para acompanhar, e é por isso que a equipe quer solicitar uma exceção na regra do congelamento do motor.
Red Bull apoia a proposta
O chefe de equipe da Red Bull, Christian Horner, parece estar aberto à ideia. Pelo menos é isso que relata o The-Race. Na sexta-feira do fim de semana do GP da Bélgica, os regulamentos sobre os motores serão discutidos. Portanto, espera-se que a proposta da Alpine seja apresentada nessa ocasião. A opinião de Horner é a seguinte: "É uma questão de ver quais são os déficits [do motor]. Não acho que a FIA tenha todos os dados, e eles devem apresentar exatamente quais são as diferenças. Isso seria fascinante para todos verem".
Horner parece particularmente curioso sobre onde a Renault errou, mas continuou, mostrando sua atitude esportiva. "Se houver um déficit sob uma homologação, é algo sobre o qual devemos ser sensíveis. Caso contrário, você está preso por dois anos [até 2026], então eu não seria avesso a uma discussão sensata", disse ele. O chefe da Alpine, Otmar Szafnauer, recebeu bem a declaração de Horner.
Szafnauer acrescenta que foi feito um acordo na época, que Horner aparentemente está cumprindo agora. "Na época do acordo, havia também um acordo entre as fabricantes de motores de que, se alguém ficasse fora de 1%, haveria discussões de boa fé para trazer essa paridade de volta", disse Szafnauer. Com esse acordo, o chefe de equipe da Alpine se refere ao momento em que a decisão foi tomada em 2021 para antecipar o congelamento dos motores em um ano, para 2022.